segunda-feira, 1 de julho de 2013

3- Do não anonimato

Em algumas esquinas eventualmente encontrava algum amigo da época de ensino médio. Eles agora eram universitários. Ciências sociais, cinema, artes cênicas, história, jornalismo... “E você, o que anda fazendo da vida?” A pergunta correta seria “O que eu ando fazendo COM a minha vida?”, pensava enquanto alegava que trabalhava como recepcionista em uma empresa qualquer.
Um dia, ao dirigir-se até o vidro de um carro na prospecção de um novo cliente, deparou-se com um desses antigos amigos. Congelou. Ele, claramente embriagado, não demonstrou surpresa alguma ao vê-la ali. Ao contrário. Ao constatar que se tratava de uma amiga sentiu-se no direito de fazer com ela tudo o que sempre quisera. Tudo mesmo. E fez.

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