quarta-feira, 3 de julho de 2013

6 - Modo de fazer

No começo fumava um baseado para conseguir encarar tantos corpos que não eram de seu desejo. Só parou no dia em que dormiu em serviço, o que lhe rendeu a violação daquilo que não vendia de maneira alguma. Quando voltou a consciência já estava sozinha no quarto barato em que costumava trabalhar. O sangue escorria por dentre suas pernas. Desse dia em diante passou somente a cheirar.

Quando precisava fazer duplo turno – geralmente quando recebia algum aviso de despejo do quarto que alugava em uma pensão central – tomava uma bala. A droga a mantinha disposta o suficiente pra atender até dez clientes no período de 24 horas. Geni nunca reclamou.

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