No começo fumava um baseado para
conseguir encarar tantos corpos que não eram de seu desejo. Só parou no dia em
que dormiu em serviço, o que lhe rendeu a violação daquilo que não vendia de
maneira alguma. Quando voltou a consciência já estava sozinha no quarto barato
em que costumava trabalhar. O sangue escorria por dentre suas pernas. Desse dia
em diante passou somente a cheirar.
Quando precisava fazer duplo
turno – geralmente quando recebia algum aviso de despejo do quarto que alugava
em uma pensão central – tomava uma bala. A droga a mantinha disposta o
suficiente pra atender até dez clientes no período de 24 horas. Geni nunca reclamou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário